Da ponte pra cá

Jessé Batista
(União dos Palmares-AL)

20/06 (domingo) – 20h05-20h25

link do evento

O estímulo para criar esse projeto/espetáculo ocorreu a partir de uma matéria publicada na internet a respeito de uma chacina que ficou popularmente conhecida/divulgada como “chacina da ponte do mata quatro” em União dos Palmares – interior do estado de Alagoas.

Neste dia a publicação era a respeito do episódio completar 17 anos. Existiam alguns comentários no noticiário que julgavam os quatro jovens mortos como criminosos e merecedores desta barbárie. Segundo a perícia, os mesmos foram mortos de joelhos, sem qualquer chance de defesa, e o real motivo para o ocorrido teria sido uma suposta invasão de dois desses jovens em uma propriedade particular, essa breve narrativa nos fez pensar as noções de territorialidade, propriedade e práticas juvenis em espaços públicos.

Da ponte pra cá, é uma metáfora dançada, é a ocupação de vias públicas com uma dança im memória. Inicialmente o projeto contava com a participação de mais dois dançarinos, hoje é um “solo” e tem se tornado uma dança abandonada, assim como em sua maioria os espaços públicos estão, sendo assim um processo de encontro entre o corpo e a arquitetura da rua/praça tentando meios mais sutis de se apropriar a esses territórios.

exibição no Canal do Youtube da Cia. Artesãos do Corpo

 

Ficha técnica:

Dramaturgia, argumentação e dança: Jessé Batista
Colaboração artística: Evez Roc, Ailton Rocha (Kiko)
Assistência de Direção: Sara Lessa
Figurino: Sara Lessa
Fotografia: Benita Rodrigues e Sara Lessa
Produção: Sara Lessa
Apoio: Funarte Prêmio Descentrarte
Agradecimento: A QuilomBrothers Crew

SOBRE O ARTISTA:

B.boy artista, registrado sob o número 0001494/AL, formado como Técnico de Dança pela Escola Técnica de Artes – Universidade Federal de Alagoas – UFAL, graduado Licenciatura em Dança nesta mesma universidade. Natural da cidade de Maceió/União dos Palmares – AL, seu primeiro contato com a Arte/Dança foi com o Hip Hop e nas Danças de rua, especificamente a dança Breaking, em 2003. Viajando por algumas cidades e Estados do Brasil (Campina Grande-PB, João Pessoa-PB Sapiranga-RS, Campinas-SP, Caruaru-PE, Salvador-BA, Distrito Federal, Lagoa da Roça-PB, Belém-PA, Recife-PE, Teresina-PI, Aracaju-SE, São Paulo-SP) participando de Festivais competitivos como jurado e competidor entre os anos de 2008 e 2012 com o grupo QuilomBrothers Crew. Após o ano de 2013, participou de alguns projetos tais como: Nuvens Enraizadas com a Cia dos Pés (contemplado com o prêmio Funarte Artes na Rua, 2014); colaborou em pesquisas e processos coreográficos com LabMov – Laboratório de Movimento – grupo de extensão da Escola Técnica de Artes entre 2014/2016; em 2016 fez parte do projeto Gesto idealizado e realizado pelo Sesc Alagoas. Em 2013 inicia pesquisas de criações solos em dança, criando seu primeiro trabalho intitulado como Encenações Urbanas e em seguida criando R.A.L.E (Realidade Apropriada Libera Evidência) que foi premiado pelo FICA – Fomento de Incentivo a Cultura Alagoana – Prêmio Diogo Silvestre 2016, que também fez parte do projeto Gesto e em 2019 fez parte do festival Palco Giratório Nacional com o solo R.A.L.E e a intervenção Breaker de Paisagem criada em 2017, no final de 2019 foi premiado com o Prêmio Descentrarte pela Funarte junto ao grupo QuilomBrothers.

Duração: 20 minutos